Tempo das flores


"   No fim de maio, saímos em busca da dispersão da mente.
Nos tempos das flores, o sol dá timidamente as caras.
Por aqui, há aqueles que não o viam com frequência.
Muitas vezes, se mescla aos momentos de chuva.
Outras vezes, o mormaço nos confunde e nos incomoda.

   No tempo das flores, eu posso ver, ainda existe felicidade.
O florescimento adentra em nossas almas.
A oportunidade de um pequeno fascínio aparece em coisas simples;
em lugares aleatoriamente percorridos.
Pode estar reservadamente ao lado de um objeto grandiosamente mais enfático.
Mas está ali; possuindo – tanto quanto – o direito de encantar.
Pois esta é a sua temporada. Este é o tempo das flores.   "




 Seja por coincidência ou não, o fim do mês de maio me trouxe um pouco mais de oportunidades fotográficas na minha rotina. A poesia tomou conta para poder expressar, um pouco mais, de um jeito verbalmente ilustrativo os bons momentos vividos neste mês. Logo faço 9 meses vivendo na Itália e o dia em que darei adeus a este país está cada dia mais próximo. De qualquer jeito, a felicidade e a animação têm ficado em nós e isto é muito bom! Que as coisas sejam boas nos tempos que ainda nos restam.

 As flores rosadas são o retrato de mais uma tentativa de visitar a Villa della Regina, aqui em Turim. Fomos mais uma vez em um domingo e demos o azar de fecharem os portões de entrada muitas horas antes do verdadeiro fechamento do parque. Barrados de novo! Porém, o lado bom disto tudo foi encontrar essas belezas no caminho. Entre risadas, memes, piadas e uma ótima companhia; eu e minha amiga Elly tiramos fotos um do outro.

  As mais recentes e menores são as flores brancas e parisienses. Foi minha segunda vez na maravilhosa cidade luz – Paris – e eu fiquei muito feliz em poder revisitá-la porque fiquei pouco tempo e então não vi tantos pontos turísticos na minha primeira ida. Desta vez, andei demais; revi lugares nos quais já tinha me encantado (e me reencantei!) e só me faltou visitar o Museu de Orsay porque estava começando a tremenda e infeliz chuva que estava tendo por estes dias por lá. Os registros fotográficos foram feitos em uns dos cantos mais escondidos e tranquilos dos Jardins du Trocadéro e tem a Torre Eiffel como o seu plano de fundo; juntamente do do Palácio de Chaillot. Tanto os jardins quanto a torre foram criadas para a grandiosa Exposição Universal de Paris* de 1878.
 Nos deitamos naquelas gramas cheias dessas florezinhas e fizemos essa sessão de fotos. Tudo muito tranquilo, tudo muito cheio de alegria e diversão; e este foi o resumo da nossa viagem – na qual teve Lille e Amsterdam juntas também. <3

Elly entre as flores da Villa della Regina

Eu, pelos olhos da Elly.

Sobre os risos sinceros sobre os Jardins du Trocadéro.
Quando a serenidade e felicidade se encontram.

Duplamente (ou triplamente?) florida.

Primaveril.


 Até logo! :)


Memórias analógicas: Juice Camera & Kodak

http://www.fuuvi.com/products/juicecamera.html

 Coisas boas sempre voltam! Com isto, esta velha e querido tema volta com atualizações de alguns anos de atraso porque levei muito tempo para terminar alguns rolos; para publicar cada foto no meu flickr ou para digitalizá-los porque eu mesmo faço desde que comprei um escâner com suporte para digitalização de negativos (tenho de dizer que isto é bem trabalhoso!).
 Quando eu realmente pensei que já tivesse passado do momento certo de escrever sobre as boas experiências que estes rolos puderam me passar – vieram outros rolos de filme e assim o acúmulo era ainda maior – então notei que já tinha conteúdo do fim de 2013; do ano de 2014 e 2015 inteiros! Não poderia esperar ainda mais!

White streets; dark fields.
Rua São Francisco perdida em algum 2013.
Já inexistente

Começando pela a Juice Camera – que são toycameras com formato de caixinhas de suco – e a minha se chama Yum Yum Mjölk porque tem sabor de leite! Gosto muito dela porque por ter lente de plástico e me lembrar muito o resultado das fotos feitas com a Diana Mini/F+ (porém a Juice não tem opção de flash) e também porque involuntariamente já se consegue vários e suaves vazamentos de luz.  Essa pequena consegue trazer uma certa poesia visual às fotografias sem precisar de muitos esforços!
 As fotos se dividem entre fim de 2013 – quando comecei a fazer aulas de italiano aos sábados de manhã – e vários momentos de criatividade de 2014. Passar pela rua São Francisco de manhã para ir ao curso era algo que me motivava depois de ter acordado cedo e então eu não poderia deixar de registrar algum momento deste. Sem falar do restaurante chamado "O Brasilino" – que coloria a rua com o seu simples charme – mas que infelizmente fechou as portas e deu lugar a um pub de tamanho maior depois da rua se tornar muito popular.

Tutto è pieno di amore (solo non l'hai ancora ricevuto)
Minha querida irmã, Sabrina, servindo mais uma vez como modelo. <3
Reminiscência

 Com fotos que eu nem mesmo sabia que já tinha tirado há tanto tempo assim, eu trago as lembranças de uma manhã de julho de 2014 pelos arredores da minha rotina em Pinhais. Este ensaio foi uma ideia desejada pelo meu irmão para um projeto musical dele – chamado Leco London – mas reunir todos os integrantes com um horário nada convidativo não era uma tarefa assim tão rápida.
 Em um certo dia de domingo, depois de conseguir combinar com todos, acordamos com esforço às 7h30 e percorremos através as ruas do nosso bairro, ruas do município e terrenos próximos ao terminal de ônibus. Foi algo muito bom ver o frio e a neblina sumirem para que o sol pudesse tomar conta do dia. Com certeza foi uma manhã memorável e qualquer traço de sono não importava mais porque valeu muito a pena! Neste divertidos momentos, eu usei a Juice Camera e também a minha velha e guerreira Kodak KB10 para fazer aquelas duplas exposições que gosto tanto! <3

/ humble warmth of the sun /

(Emaranhar)

/doˈmenika/ /matˈtina/

"I miss the Village Green"

My baby doesn't care 'bout holidays

 E destes rolos de filme, a mais recente é do dia 1° de maio de 2015. Minha querida irmã, Sabrina, posa para as minhas analógicas lembranças e adoro fotografá-la! Foi um ótimo período porque já estava um tanto recuperado da minha cirurgia ortognática e porque adoro esses ensaios com a minha irmã (aliás, um beijo enorme! Sinto saudades!).

 Enfim, posso afirmar com felicidade que mais um filme está para ser terminado e neste vão aparecer lembranças de lugares que percorri neste intercâmbio!

Abraços!

As várias faces de uma mulher: Cindy Sherman

http://www.moma.org/collection/works/56535?locale=en

Cindy Sherman é uma fotógrafa nascida em 1954, em Glen Ridge (Nova Jérsei). Seus trabalhos são sobre autorretratos com um diferencial totalmente contemporâneo: É denominada como uma artista a qual usa fotografia e não simplesmente uma fotógrafa. O porquê disso? Sherman constrói uma representação fotográfica para a criação da mulher.


Estudou arte e pintura na Buffalo State College, mas o meio de certo modo a limitava. Sherman dizia que "(..) estava meticulosamente copiando a arte de outros e então eu me dei conta que eu poderia somente usar uma câmera e colocar em prática uma ideia instantânea".
Porém, a faculdade a ajudou na aproximação com a fotografia e com esta se dedicou o resto de seus anos acadêmicos.

http://www.moma.org/collection/works/56571?locale=en

Seu trabalho é sedutor e chamativo. Seu repertório fotográfico abrange mulheres de todos os tipos; de damas às prostitutas. Para cada uma, ela se transforma. Baseia-se no gestual, na expressão facial, além da alteração de seu próprio corpo e rosto (com próteses e maquiagens) para que chegue na mais fiel e profunda representação de sua personagem, sendo que estes são esteriótipos e paródias de diversas mulheres. Usa a linguagem cinematográfica, televisiva e publicitária com histórias distintas.

http://www.moma.org/collection/works/55647?locale=en

E seus conceitos? Estes também estão ao mesmo nível da produção visual. Primeiramente, Sherman se baseia na mulher da sociedade contemporânea. Muitas vezes ligada ao feminismo – que lhe é bastante semelhante – suas obras descrevem a imagem feminina como produto da representação, a autonomia do sujeito acerca do uso do seu corpo. Ao criar suas personagens, é capaz de gerar a quebra e desconstrução de identidade. Cindy Sherman cede o seu ser; deixando-se escapar dos limites de sua própria identidade, para que possa ser apenas algo fabricado (gerando uma forte ligação a todos os conceitos anteriores).

Até mais!

Garotas e uma Zenit 12XP

"Zenit 12XP" por Sabino Parente.

 Um post para contar novidades e desejar um feliz dia do fotógrafo! Seja amador, profissional, digital ou analógico. Que possamos estar cada vez mais fotografando! E para aqueles que são analógicos como eu: Que os filmes não parem de ser produzidos e que existam por muitos e muitos tempos. Feliz dia do fotógrafo!
 Há tempos que eu disse que tinha comprado este maravilha russa chamada Zenit 12XP. A minha teve um momento de história triste, porque assim que chegou, a pequena deu problema no obturador. Foi desesperador! Mas mandei consertá-la e ela está firme, forte e funcionando! O filme que eu usei foi um Kodak Ultramax 400 e eu gostei muito da coloração. Acredito que o que encanta é que a pequena é uma SLR e então se pode configurar melhor, apesar dela não ter muitas opções para a velocidade do obturador. Mas o foco dela é excelente e se consegue tirar fotos de retrato encantadoras! Zenit é pura paixão! Agora pretendo usar um Kodak Pro Image 100 nela. E também, logo usarei a Juice Camera. Em breve mais um relato deste amor analógico. <3

Zenit 12xp

Sem título

1933

1933

Abraços!

Antes tarde do que nunca

 Lembram-se das prometidas fotos analógicas? Então, depois de muito tempo, aqui as tenho! Comprei um scanner que possa digitalizar meus negativos, apesar da digitalização por aqui não ser cara. Mas é uma experiência única digitalizá-los por você. É poder escolher qual fotografia você quer, na resolução que deseja e dentre outras coisas.
 As fotografias apresentadas no post foram mais para o lado experimental. Várias duplas exposições de diferentes tentativas. O resultado foi ótimo! Tenho de admitir que não esperava que sairiam tão legais, pois usei uma câmera bem antiguinha que estava guardada aqui em casa há tempos: a Kodak KB10. Não estava acreditando que ela sequer funcionasse ou me surpreendesse. Algumas também foram com a fisheye one, as quais também ficaram muito bacanas! E todas estas fotos me fazem querer ainda mais continuar com a jornada analógica. <3.

new perspective

We've just become part of the sky

Sem título

13

Sem título

Last flowers

Espero que gostem! :)

Inspiração: Fotografias com Zenit

Recentemente comprei uma Zenit 12xp. Estou ansioso para usá-la, mas está no conserto pois o obturador emperrou há pouco tempo que chegou. Enquanto essa maravilha russa não volta, eu lhes mostro várias fotos tiradas com a Zenit, e prometo que farei um post com minhas futuras fotos, ok?

zenit experiment 1
zenit experiment 3
Zenit
Ótima câmera. Fica a dica e inspirem-se!